A Nurigo Games, nova distribuidora de games do Brasil, esteve presente na Brasil Game Show 2013. O presidente da empresa, Dominic Lee, conversou sobre a proposta de trazer títulos novos que se adequem às preferências dos jogadores nacionais, os planos para o Brasil e sobre os primeiros jogos que a empresa trará para o país.
Fundada no Brasil por coreanos e brasileiros, a Nurigo Games pretende investir em jogos desconhecidos que imagine serem bem aceitos por aqui. Diferente da maioria das empresas, a Nurigo vai usar o Brasil como plataforma de lançamento de seus jogos.
Esta estratégia é importante, porque o Brasil também passará a ditar as regras para a produção de novos conteúdos. “Os brasileiros são sempre muito receptivos com jogos, mas acabam ficando com o que já foi sucesso em outros lugares. A gente quer se diferenciar por uma estratégia de relacionamento estreito com a comunidade de jogadores, escolhendo melhorar aquilo que os brasileiros julguem mais importante”, explicou o presidente da Nurigo, Dominic Lee, em português relativamente fluido.
Apesar disso, a Nurigo atuará apenas como distribuidora, e exclusivamente de jogos sul-coreanos. “Pelo menos em uma primeira fase, essa é a ideia. Nos interessamos pelos [grupos de desenvolvimento] indies brasileiros, mas isso ficará para o futuro”, acrescentou. Todos os jogos a serem lançados pelo time serão free-to-play, financiados pela moeda virtual “N-Cash”, e para tal o grupo montou convênios com operadoras como BoaCompra e e-prepag, ambas nacionais. Para a equipe inicial, Lee reuniu veteranos das concorrentes Level-Up e GameMax, entre outras, e pretende conquistas os jogadores por um bom atendimento ao consumidor. “A ideia é tornar a resolução de problemas tão eficiente quanto na Coréia. Talvez até melhor...”, brincou Lee.
Os dois jogos nos quais a empresa depositará seus esforços são radicalmente diferentes. O primeiro, a ser lançado no dia 30 deste mês, será “Bn1944”, um FPS sobre a Segunda Guerra Mundial que tenta reproduzir os mapas de larga escala da série Battlefield; o segundo, disponível apenas em 2014, será “Tales Runner”, um jogo misto entre corrida e plataforma que apelará majoritariamente para o público infantil. Uma informação preocupa, no entanto: pelo menos em um primeiro momento, a empresa operará com servidores baseados em Miami, e optará pelo aluguel de equipamento nacional apenas se perceber a necessidade. Portanto, esperar por latências abaixo dos três dígitos será algo fora de questão. Considerando as naturezas desses jogos, será no mínimo um desafio conviver com esta limitação técnica.
Bn1944 - o Battlefield do povão
Único FPS free-to-play sobre a Segunda Guerra Mundial, Bn1944 (Battle Nations 1944), trará mapas para até 64 jogadores, 32 de cada lado, assim como acontecerá em Battlefield 4, e permitirá o uso de bots. Bn1944 contará com mapas de Deathmatch em equipe e domínio de bases, embates de captura de bandeira, posse do alvo e um free-for-all para 64 jogadores. Vale ressaltar também que uma das arenas será a do cerco de Turin, revivendo a invasão de milhares de soldados brasileiros à cidade italiana para livrá-la da influência fascista.
O jogo rodará apenas em PCs com Windows, mas, em contrapartida, será mais acessível que outros da categoria, com requisitos mínimos bastante reduzidos. Além disso, o game será totalmente traduzido para português do Brasil.
Tales Runner - corrida em contos de fadas para qualquer PC
Tales Runner é atualmente usado em escolas infantis da Indonésia para desenvolver a intimidade das crianças com a computação. Com visual bastante agradável, poucos comandos e o uso de diferentes contos de fada para cada estágio, ele é possui diversos atrativos para as crianças. Segundo Lee, o jogo será lançado por aqui em “algum ponto de 2014”.
O jogo possuirá diferentes modos, cada um explorando uma jogabilidade única. As modalidade variam entre corrida, no qual é necessário fugir de gigantes e desviar de obstáculos, exploração, em um modo no qual a ideia é basicamente passear por cenários de contos de fada como “Aladdin”, e construção, em uma modalidade que permite que o jogador construa sua fazenda ou parque de diversões, ao melhor estilo Farmville. Essa última parte, segundo Lee, tem demonstrado um enorme efeito na formação de comunidades virtuais infantis em torno do jogo.
Com uma estrutura de desafio baseada em quests de dificuldade crescente, Tales Runner promete manter o público infantil interessado também com um foco na customização de personagens, garante o incentivo para que todos repitam cada fase várias vezes. A monetização do jogo, aliás, vem desse último item: cada um dos 12 personagens iniciais e cada peça de roupa disponível altera velocidade, aceleração, pulo e controle dos avatares, justificando o dinheiro gasto.
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