Middle-Earth: Shadow of Mordor é uma história de vingança. Sauron retornou a Mordor e um misterioso fantasma rancoroso ressuscitou você para matá-lo. Mas de tudo que eu joguei na demo mais recente, parece que são os orcs e as outras criaturas de Mordor que estão atrás de uma vingança contra mim.
Na semana passada, joguei cerca de uma hora a demo desse jogo de ação em mundo aberto em terceira pessoa. Não fiz nada além de tramar conspirações, cair na matança e transformar aliados em inimigos. Às vezes, as coisas terminavam como eu havia planejado: por exemplo, quando peguei um comandante inimigo e usei minhas habilidades fantasmas para transformar seus leais guarda-costas em traidores. Mas meu poder de manipulação nem sempre rolava. Às vezes, o personagem que escolhi morria no meio da batalha, ou porque estava fraco demais, ou porque acidentalmente eu deixava ele morrer. Às vezes, o personagem marcado fugia e eu tinha que persegui-lo por mais tempo do que o necessário. O Shadow Step, um poder fantasma que faz você se teletransportar, ajuda muito nesses casos, mas assim que esses caras começam a correr, é complicado para-los.
A demo que joguei ocorre lá pra metade do jogo, a centenas de quilômetros de onde a história começa, na região dos Black Gates. Em uma área recém-descoberta, chamada de Sea of Núrmen, eu conheci um dos últimos reinos que resistiam à Sauron e seu exército. A Rainha desta região enviou uma mensagem muito clara, dizendo: “Encontre um líder dos orcs, faça ele virar um comandante e todos os soldados dele serão seus”. O objetivo da missão era ir por trás das linhas inimigas no território de Sauron e levantar um exército de orcs em sua busca por vingança.
O destaque de Middle-Earth: Shadow of Mordor, pelo menos de acordo com os desenvolvedores da Monolith, é um sistema chamado de “Nemesis”. Ele se trata de um mapa básico que mostra as posições dos comandantes com base na presença dos guarda-costas que estão conectados a você. Você pode reunir informações sobre estes comandantes e outros soldados usando suas habilidades fantasmas para persuadir os residentes de Mordor a dar informações sobre eles. Assim, você pode ficar sabendo suas localizações, seus pontos fortes e também os fracos. Isso ajuda a decidir qual história você quer seguir.
Tirando as mortes, eu não fiz nada além colocar um personagem contra o outro. Eu preferi usar a estratégia. No entanto, esses comandantes não andam livremente por Mordor. Como você pode imaginar, pra chegar no topo do exército de Sauron, eles acabaram fazendo alguns inimigos. Ao coletar informações sobre os comandantes, você pode sacar o que vai levá-los a aceitar um desafio. Vários comandantes de que fui atrás eram bons de briga e duelo, outros curtiam batalhas envolvendo cães (ou a versão de Mordor deles). A personalidade de cada comandante acaba definindo o encontro que você terá com eles.
Essas escolhas também vão determinar a história do jogo. Me disseram que há milhares de ganchos narrativos que podem mudar durante um diálogo, todos influenciados por essas decisões. Por exemplo, se um orc perdeu um braço em uma batalha contra você, na próxima vez que você encontrá-lo, ele vai lembrar do que aconteceu e reagir a isso. De acordo com o progresso durante o jogo, esses personagens também subirão de nível. “Você nunca ouvirá a mesma história duas vezes”, disse o diretor de designer Michael de Plater durante a demonstração do jogo na semana passada.
Se matar um inimigo por meio do sistema Nemesis, você ganha uma runa que pode ser usada para personalizar armas. O sistema faz com que cada arma tenha uma história única e lendária. Assim, inimigos podem reconhecê-las pelo nome e até mesmo temê-las.
Claro, existem outras missões e você pode explorar o mundo no seu próprio ritmo, mas eu gasto todo o meu tempo caçando. Coletei informações sobre meus alvos (os comandantes) e decidi pegar cada um dos seus guarda-costas para traí-los. A chave é escolher um personagem forte o suficiente para ser capaz de derrotar o comandante, mas também tem que ter certeza que você pode derrotá-lo depois. Manipular os poderes é a base do sistema Nemesis.
O combate em si é divertido, mas faz lembrar alguns outros jogos que oferecem a mesma experiência. Você pode usar uma combinação de ataques no estilo Batman ou Assassin’s Creed para se mover rapidamente entre os inimigos e até mesmo matá-los em uma animação estilosa. As habilidades específicas fantasmas são realmente brilhantes e quase sempre se pode confiar nelas. Algumas são boas para se movimentar e outros para atacar vários inimigos de uma vez. Além das habilidades especiais de combate, você pode experimentar uma mistura de ataques corpo-a-corpo, a distância e de movimentos furtivos.
Você pode arremessar dardos através de todo campo de batalha em seu alvo, o que é realmente útil para atacar ou mirar em uma criatura montável. No trailer do jogo, você pode ver o personagem Talion montando uma espécie de gato para se mover rapidamente pelo mapa, atacar seus inimigos e até para deixar seu bicho comer a carne deles. Para mim, virou uma rotina procurar por esses gatos, ou Caragors, como são chamados, antes de qualquer batalha.
Infelizmente, manipular o fluxo de energia não é tão fácil quanto simples ataques estratégicos e coordenados. É preciso contar um pouco com a sorte, já que seus traidores escolhidos não podem morrer em batalha e pode ser um pouco difícil acompanhá-los e mantê-los vivos enquanto precisa se defender dos inimigos. É tudo uma questão de tato uma vez que tenha definido seu plano de ação. Ao menos para mim, durante a hora que gastei jogando, a maioria dos planos não funcionaram como planejado. Eu morri algumas vezes, o comandante dos guarda-costas que escolhi para trair seus lideres também morreram, ou mataram seus líderes para morrer logo em seguida, me obrigando a recuar para planejar meu próximo ataque. Mas não tem problema: eu não vou me cansar de voltar aos planos até finalmente formar meu exército de orcs.
Middle-Earh: Shadow of Mordor será lançado dia 7 de outubro para Xbox 360, Xbox One, PS3, PS4 e PC.
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