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segunda-feira, 25 de novembro de 2013

The Legend of Zelda: Ocarina of Time completa 15 anos

The Legend of Zelda: Ocarina of Time acaba de completar 15 anos desde o seu lançamento no dia 23 de Novembro de 1998. Ele chegou ao mundo dos games como uma verdadeira revolução, mudando para sempre o panorama dos jogos em três dimensões. Poucos títulos são tão reverenciados e apreciados como este, tido pela maioria da crítica especializada como o maior jogo de todos os tempos. Conheça a história do game:


No final de 1998, a Nintendo sabia que precisava fazer alguma coisa para se colocar em evidência, o Playstation ja se mostrava muito mais do que uma ameaça a supremacia da empresa de Mario, derrubando o Nintendo 64 em quase todos os campos - exceto nas vendas de jogos produzidos pela própria Nitendo (como Mario 64, Goldeney, Mario Kart e etc). O natal do ano anterior havia sido salvo pelo sucesso de Diddy Kong Racing, em grande parte graças ao atraso de um ano na produção de Zelda, originalmente datado para o fim de 1997.


Shigeru Miyamoto preferiu esperar, pois tinha consciência que o trabalho que tinha nas mãos era muito mais do que um bom jogo. Ele sabia que Ocarina of Time seria um daqueles títulos que mudaria a indústria para sempre, e isso ficou claro já na forma de vendê-lo. Para verificar que todo hype que cercava a produção do jogo, era correspondido pelo público, a empresa decidiu fazer uma coisa inédita, ela permitiria que os jogadores comprassem Ocarina antes mesmo dele ser lançado.

Mas como convencer as pessoas (ou os seus pais) a pagar por uma coisa que só seria lançada em muitos meses? Dando um prêmio especial. Nos Estados Unidos, Europa e Japão, quem comprasse a pré-venda de Ocarina of Time receberia um belíssimo cartucho dourado. No fim das contas, em poucas semanas a primeira leva de “cartuchos de ouro” se esgotou no mundo, e a Nintendo inventava a “pré-venda” uma das práticas comerciais mais utilizadas hoje em dia por toda a indústria cultural, de filmes a livros.


Quando chegou a hora do lançamento, Ocarina of Time vendeu dois milhões e quinhentas mil cópias na primeira semana, totalizando oito milhões de cartuchos vendidos globalmente ao fim do seu ciclo, se tornando um dos jogos mais bem sucedidos de sua geração. Apesar disso, não foi o sucesso de vendas que deu a este título a sua poderosa reputação, e sim o seu conteúdo completamente único e revolucionário para a época. Quase todas as grandes publicações deram ao jogo notas perfeitas, que até hoje o sustentam no topo dos principais sites de metacrítica (portais que reúnem e fazem uma média de todas as resenha publicadas sobre determinado produto).


The Lengend of Zelda: Ocarina of Time pegava tudo que havia sido ensinado sobre movimentação e câmera em um jogo 3D e aprimorava de forma que se encaixasse perfeitamente ao cenário. O z-targeting ou target lock, que travava o seu alvo em relação ao inimigo é uma invenção usada por quase todos os jogos de ação 3D desde 1998. O mesmo pode ser dito do botão contextual, isto é, um botão que serve para dezenas de ações diferentes baseadas no contexto do momento. Esta invenção em particular parece povoar praticamente todos os jogos modernos, e vale lembrar que elas foram inventadas aqui.


Outras marcas que são dadas a este Zelda é a criação do primeiro mundo aberto (sandbox) 3D bem sucedido da história. Ao sair da floresta dos Kokiri e pisar nos campos de Hyrule pela primeira vez, você via à distância a grande Death Mountain, e sabia que eventualmente poderia chegar até ali. Nada estava inacessível e o mundo era rico e cercado de mistérios. A primeira vez que se usou um sistema de tempo baseado na rotação do dia e da noite também é mérito de Ocarina of Time, que por sua vez teve sua inspiração na mudança de dia rudimentar empregada por Castlevania II ainda no Nitendinho.


O protagonista secreto de Ocarina of Time certamente era a música do jogo, tanto na forma da Ocarina de Link, quanto na trilha sonora de fundo. Até hoje não existe um conjunto de composições mais celebrado no mundo dos games (Chrono Trigger se aproxima nesse sentido) quanto aquele visto neste Zelda.


Passados quinze anos, ainda vemos a força que este jogo possui. Duas vezes já republicado pela Nintendo (Master Quest para Gamecube e o Remake para Nintendo 3DS), ele continua sendo adorado e celebrado por gerações de gamers. Michael Thomsem, pesquisador de videogames e editor do site IGN e da revista Insider sintetizam muito bem o que é a experiência deste jogo:


“Outros jogos conseguiram fazer bem este equilíbrio entre exploração, combate e imersão sensorial, mas nenhum deles conseguiu fazer isso de maneira perfeita como Ocarina. Este é o único jogo feito nos últimos 20 anos que realmente merece ser chamado de uma Obra Prima”.

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