Mas as novidades disponíveis no jogo são suficientes para compensar o enredo batido, os inúmeros "bugs" e os gráficos discutíveis? Procure a resposta na análise a seguir!
História e Jogabilidade:
O game se passa num momento em que as pessoas ainda estão tentando entender o que está acontecendo, conforme os mortos voltam à vida e partem para o ataque, em busca de carne humana. Zumbis são o tema do momento, tanto nos filmes, como nos games e até nos livros. Desanima um pouco ter que ver os personagens ficando impressionados – "mas ele estava morto!" – com uma história que o jogador conhece há tempos. Mas a opção de colocar o game nesse espaço de tempo se justifica porque é importante para o jogo que haja ainda muitos sobreviventes vivendo em casas barricadas. Cabe ao jogador se encontrar com essas pessoas, descobrir quais são de confiança e expandir seu grupo.
Há grande variedade de armas para enfrentar os zumbis, como galhos, pás, machados e armas de fogo. Com ênfase no gerenciamento de recursos, nada dura para sempre. As armas brancas se quebram e a munição é escassa. Mas, graças à inteligência artificial risível e incontáveis bugs consecutivos, muitas vezes seus punhos serão mais do que suficientes para acabar com os zumbis (chamados de Zeds no game).
Ponto interessante a se frisar aqui é que a grande variedade de personagens é muito bem-vinda para o multiplayer e para morrer. Sim, morrer. Quando seu personagem morre não há outra vida pra ele, você passa a comandar outra pessoa. E todas as habilidades que haviam sido melhoradas pelo anterior são perdidas, então é bom ter cuidado com os seus favoritos. O jogo, no geral, é bem fácil, mas você não vai querer deixar seu personagem exausto à noite no meio de uma horda de zumbis.
Os personagens podem ser trocados no quartel general, que também é um atributo bem bolado do jogo. Ele deve ser gerenciado, construindo-se novas instalações como dormitórios e conseguindo-se suprimentos como alimentos, conforme o grupo de sobreviventes cresce. O game se passa num mundo aberto relativamente grande para o tamanho do game e é possível dirigir. Os carros fazem muito barulho e os NPCs sempre condenam a ideia de andar motorizado, mas o pequeno toque nostálgico de pegar um carro e sair atropelando zumbis como em Carmaggeddon torna fazer isso irresistível.
Gráficos e Som:
A maior desvantagem de State of Decay com certeza está na parte técnica. Os gráficos são bastante pobres, a aparência física das pessoas é repetitiva e dá a impressão que cada tipo de carro só tem uma cor. O número de dubladores é muito pequeno comparado ao tanto de personagens que aparece. A trilha sonora também não tem nada de marcante.
Conclusão:
State of Decay pode ser bastante divertido para o gamer que só quer passar o tempo e aprontar com alguns zumbis. Quem gostar muito do game, também pode levá-lo mais a sério e se dedicar a melhorar seus quartéis generais e seus personagens. Mas dificilmente alguém vai passar muitas horas com esse jogo.
O grande diferencial do game realmente é seu preço. Convertendo Microsoft Points para reais numa base de 80 pra 1, o jogo está saindo por R$ 20, aproximadamente. É mais barato que o Duck Tales: Remastered que, apesar de lindo, é um re-lançamento. Para quem tiver uns pontinhos e tempo sobrando, vale a pena dar uma conferida.
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