Resolvi criar esse post sobre os melhores gráficos do PS2, como uma homenagem, primeiro ao videogame mais vendido de todos os tempos, e depois para as produtoras de jogos, que operaram verdadeiros milagres com o hardware desse console.
Confira nosso review de Okami HD
Principalmente no fim de sua vida mais ativa, nos idos de 2004 e 2005, surgiram seus mais belos jogos. Isso sempre acontece, pois os desenvolvedores querendo ou não, vão “aprendendo” a programar para o aparelho, dia após dia (ou jogo após jogo). Se no inicio a complexidade do novo aparelho da Sony assustava os desenvolvedores, logo jogos maravilhosos visualmente foram surgindo.
E uma coisa parece constante: geralmente os jogos que são belos graficamente, são ótimos games do conjunto (o inverso nem sempre é verdade). Parece que o esmero em fazer algo bonito se dá logicamente em jogos com maiores orçamentos e ainda, aqueles que pretendem fazer algo inédito, algo que chame mesmo atenção.
Yakuza 2 (ação) é o que podemos chamar de um jogo de cinema. Com um custo de produção elevadíssimo, a Sega conseguiu se superar. O jogo que é exclusivo para PS2 conseguiu ser ainda mais bonito e detalhado que seu anterior. Apesar de lançado com bastante atraso no ocidente, e já no fim da vida do PS2, fez muito sucesso por aqui. O destaque são as cenas pela cidade onde centenas, e centenas MESMO de pessoas caminham e interagem entre si. Se Grand Thieft Auto San Andreas tivesse os gráficos desse jogo, seria facilmente o jogo mais perfeito de todos os tempos (completando o quanto o jogo já é estupendo).
Rogue Galaxy (RPG), também exclusivo para PS2 (isso é uma característica presente em todos os jogos mais bonitos, pois há mais dedicação em cima do console e suas particularidades) é a consagração do estúdio responsável pelo também magnífico Dragon Quest VIII. Ambos os jogos conseguiram chegar ao extremo do chamado efeito gráfico Cell Shading, que consiste em transformar gráficos poligonais em desenhos 3D, graças a texturas especiais. O RPG é longo, possui uma ótima história. Mas com certeza seu maior destaque fica para a qualidade gráfica. Simplesmente magnífico.
Valkyrie Profile 2 Silmeria (RPG) demorou bastante tempo para ficar pronto. Depois de impressionar à todos os fãs com as imagens que eram divulgadas, deixando muitos incrédulos com o que viria, mostrou a competência da Square em fazer jogos realmente belos. Seus cenários são pré renderizados, ou seja, feitos em imagens fixas, o que ajuda e muito o ps2 à conseguir exibir tais gráficos.
Final Fantasy XII (RPG) também saiu já no fim da vida do PS2. Com mais um trabalho gráfico impecável, o jogo entrou para a disputa dos jogos mais bonitos do Play 2. Com um sistema de batalhas bastante mudado e um estilo de roupas e construções que fugiu dos padrões da série, dividiu opiniões entre os fãs, mas foi muito bem aceito pela crítica em geral.
Dragon Quest VIII:(RPG)
Um dos principais RPGs da história e da própria Square-Enix, contou com o estúdio level 5 e Akira Toryama (de Dragon Ball) para dar gráficos soberbos ao jogo. Foi lançado antes de Rogue Galaxy, obra do mesmo estúdio, portanto tem alguns aspectos que são inferiores ao outro RPG. Mas nada que tire o brilho deste que é um dos mais longos e melhores RPG´s da história. Não deixe de joga-lo se tiver a oportunidade.
Soul Calibur III (Luta). Surgiu em exclusividade para o Playstation 2, devido as vendagens quase mortos do Gamecube e Xbox em sua época. Fez realmente milagres e foi aonde nenhum outro jogo de luta do console conseguiu. É um lindo e extremamente bem executado jogo de luta, conseguindo superar a série Tekken, principal rival em seu estilo.
Kingdon Hearts 2 (RPG) consagrou a união entre personagens da Square e da Disney. Se quando a versão original foi anunciada poucos acreditavam no sucesso da mistura, logo depois queimaram suas línguas. O jogo é maravilhoso em todos os sentidos, e a mistica dos dois universos foi captado. O jogo figurar nessa lista não é bem uma surpresa, pois praticamente todos os jogos da Square são impecáveis no quesito.
Burnout 3 Takedown (corrida) representou um salto sem igual de qualidade na série. Passou de uma corrida de destruição de carros, muito divertida, para uma corrida de destruição de carros bem elaborada, bem executada, com gráficos soberbos, imensa variedade de carros e pistas, efeitos gráficos absurdos e um dos melhores jogos do PS2. Apenas isso… Burnout 3 apresenta gráficos realmente para impressionar qualquer um. Até hoje não sei como fizeram texturas tão bonitas para um jogo de corrida, o que combinada com a alta sensação de velocidade extrema fazem sumir qualquer defeito ou serrilhado possível, Na minha modesta opinião é mais bonito que sua versão seguinte, a Revenge. Nem vou citar Dominator pois se trata de um port do PSP para o Ps2.
Hoje até se vê isso, com jogos para iOS, PSN e XBOX Live. Na maioria jogos sem muitos polígonos feitos em uma liguagem não tão complicada, que primam pela originalidade ou diversão, como Machinarium ou Angry Birds, onde algumas boas horas de trabalho podem garantir ótimos gráficos.
Na geração do PS2 isso não foi bem assim. Como disse lá no começo do post, as produtoras levaram anos para aprender MESMO a utilizar as capacidades do console. E ainda, para piorar, conforme o tempo passou a falta de recursos do PS2 (normal devido a idade que ia avançando) limitava o port de jogos multiplataforma. Sempre o console acabava recebendo a versão mais pobre graficamente, principalmente nos jogos da Ubosoft, que faziam muito sucesso na época.
A exceção à essa “regra” veio com o Resident Evil 4, que era um dos mais belos do Gamecube e pode ser portado para o console da Sony. Com cerca de um ano de programação, o jogo conseguiu adaptar efeitos e mascarar defeitos, conseguindo apresentar uma versão tão bonita quanto ao do cubo azul da Nintendo, que era superior tecnicamente.
Outro fato curioso é o da série Soul Calibur. A segunda versão foi lançada bem no auge da sexta geração dos consoles, onde era preciso tentar vender seu jogo para os 3 consoles do momento. Resultado: o Xbox possuia uma linda versão, o Gamecube uma um pouco pior e o PS2 a mais modesta de todas, com serrilhados e alguns problemas gráficos. Aí, algum tempo depois, com o PS2 em ampla vantagem e o Xbox 360 no forno para enterrar a versão antiga, Soul Calibur 3 é lançado apenas para o PS2, e pasmem, com gráficos superiores ao Soul Calibur 2 de Xbox…
Não é nada de se espantar, mas que deixou escancarada a diferença que fazem a dedicação exclusiva e o aprendizado sobre a linguagem usada.
* Para quem quer ir além dos jogos citados acima, na categoria belos jogos (e também bons), experimente também: Killer 7, Sly 3, Tekken 5, Virtua Fighter 4, Primal, Kill Zone, Dawn of Mana, Genji, Ace Combat Zero, Onimusha 3 e Dawn of Dreams.
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