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quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Assassin's Creed III: Liberation (PS Vita)

Lançado exclusivamente para Playstation Vita, "Assassin's Creed III: Liberation" é um episódio paralelo (spin-off) à franquia consagrada de aventura da Ubisoft. O game traz Aveline de Grandpré como protagonista, a primeira mulher na série, e reúne os melhores aspectos vistos na saga principal, como jogabilidade ágil, ótimo sistema de navegação entre mapas, gráficos bem acima da média e trilha sonora agradável.



Entretanto, o game peca em duas partes essenciais: a história, apesar de encaixar 
consideravelmente bem no universo da franquia, não chega a empolgar muito e o multiplayer é uma das maiores aberrações já vista na história dos jogos eletrônicos, de tão simplória, repetitiva e chata que a mecânica é. Ainda assim, o título é um dos destaques da leva inicial de ótimos jogos disponibilizados no primeiro ano de mercado do portátil da Sony.

História e Jogabilidade:

"Assassin's Creed III: Liberation" complementa a história vista em "Assassin's Creed III", de 1765 e 1777, durante meados e após o fim da Guerra Franco-Indígena, um dos eventos militares mais importantes que antecederam a independência dos Estados Unidos. No controle de Aveline, seu papel é basicamente acabar com o tráfico humano e a exploração impiedosa de escravos, tão essenciais para a manutenção social e econômica na colônica de Nova Orleans, ao mesmo tempo em que briga pela ressurgência do povo do local, totalmente dependente das leis impiedosas e das obrigações diárias exigidas pela corte.

A protagonista tem uma personalidade bastante forte e carisma o suficiente para gerar conexões assim que a partida começa. Por ser a primeira vez que a franquia adota uma mulher no controle principal, é interessante acompanhar que tipos de pretextos e artimanhas a heroína usa para alcançar seus objetivos, sem nunca ameaçar civis ou apelar exageradamente para contextos sexuais. É legal acompanhar sua evolução como assassina e que tipos de problemas ela enfrenta para conhecer a si própria, sua origem e o que pode fazer para contribuir para o bom futuro de onde vive. O chato é que o enredo não consegue empolgar em partes que não sejam momentos decisivos, como as (poucas) surpresas e a própria conclusão da história. Os personagens secundários seguem o mesmo dilema e muitos deles, embora com bom potencial de complementação dos acontecimentos, somem sem devida contextualização.



A protagonista tem uma personalidade bastante forte e carisma o suficiente para gerar conexões assim que a partida começa. Por ser a primeira vez que a franquia adota uma mulher no controle principal, é interessante acompanhar que tipos de pretextos e artimanhas a heroína usa para alcançar seus objetivos, sem nunca ameaçar civis ou apelar exageradamente para contextos sexuais. É legal acompanhar sua evolução como assassina e que tipos de problemas ela enfrenta para conhecer a si própria, sua origem e o que pode fazer para contribuir para o bom futuro de onde vive. O chato é que o enredo não consegue empolgar em partes que não sejam momentos decisivos, como as (poucas) surpresas e a própria conclusão da história. Os personagens secundários seguem o mesmo dilema e muitos deles, embora com bom potencial de complementação dos acontecimentos, somem sem devida contextualização.

Aveline pode usar três tipos diferentes de personalidades: 1) Assassina, 2) Escrava ou 3) Dama. Cada uma das personas trazem características únicas quanto a perfis de navegação, escala e habilidades. As suas fraquezas também são únicas. A Assassina é a mais completa de todas, pois permite escalar tudo o que for possível e usar muitos comandos de combate, em detrimento de chamar a atenção das autoridade muito mais facilmente. A Escrava também consegue explorar grande parte dos locais, mas tem menos recursos de golpes e habilidades para lutas, embora consiga se disfarçar e camuflar melhor em alguns locais. Já a Dama não consegue escalar e é quase inútil em termos de combate, mas tem prestígio social, é protegida pelos guardas e pode facilmente seduzir e subornar alvos. É um sistema bem trabalhado que torna a jogabilidade mais versátil e profunda, adicionando mais diversão na parte estratégica das missões.

Gráficos e Áudio:


Graficamente, "Assassin's Creed III: Liberation" está entre os melhores já vistos no PS Vita. Os cenários, que variam da reprodução do centro econômico de Nova Orleans (comércios, navios, casas e mansões), passa por um pântano em Louisiana (tendas, lagos, árvores, flora e fauna selvagem) e vai até o antigo México dos Maias (tumbas, cavernas e pirâmides), são imensos, densamente populados com NPCs, construções e lotados de detalhes visuais que ajudam a se identificar ainda mais com a aventura. É uma delícia explorar cada cantinho dos mapas e ver o capricho que a Ubisoft colocou na produção. Efeitos convincentes de água, iluminação, texturas e design de vestimentas também são muito bem feitas e não vão desagradar os mais exigentes. Uma pena que as expressões faciais praticamente não existem e os personagens apenas mexem as bocas para sinalizar que estão em interação.

Já no áudio, o destaque vai mesmo para a trilha sonora. Embora não tenha muitas composições, a maioria delas é bem marcante e combina perfeitamente com o que acontece durante a trama. Em pouco tempo de jogo é possível já se sentir à vontade com cada ambiente e começar a solfejar as melodias automaticamente assim que elas começarem a tocar. Só tem um probleminha aqui: elas não são exatamente variadas e costumam se repetir aos montes. Com o passar do tempo, é possível que você se sinta um pouco incomodado ou enjoado, dependendo do seu gosto. As dublagens (em inglês, não existem em português), por sua vez, são bem, variadas e praticamente todos os os personagens têm sotaque com influência do francês, idioma muito utilizado na época da colonização do lugar real.
Multiplayer:

Decepção é a melhor palavra que encontrei para descrever o multiplayer online de "Assassin's Creed III: Liberation". Boa parte da diversão - e do valor final do produto - são minimizados pela bizarrice que as interações na rede foram planejadas pela produtora. Nada das caçadas eletrizantes com doses de espionagem e disfarces vistas nos outros games da série está aqui. Tudo se resume a simples batalhas praticamente automáticas em uma espécie de tabuleiro virtual que recria todos os países do mundo em um globo. A partir daqui você decide se quer se alinhar ao exército da Abstergo ou dos Assassinos e tentar os pontos estratégicos de cada região do mapa.

Uma vez feita a sua escolha, selecione um ponto de partida, escolha o símbolo de batalha, algum soldado disponível, com qual adversário quer competir e apenas assista a quadros de animação de 4 segundos de duração no total para ver o resultado da breve luta. Independente do que você escolher, sempre será o vencedor e obterá postos de controle que serão somados a outros jogadores online que estiverem na mesma região. Tudo isso funciona a custo do uso de energias, que não são infinitas e deve-se esperar algum tempo para recarregá-las e voltar a batalhar pelos seus objetivos. Chega a lembrar os piores jogos de Facebook. É simples, indireto, passivo, sem orientações e totalmente dispensável. E isso é realmente uma pena.   
    





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