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terça-feira, 19 de novembro de 2013

Forza 5 perde em jogabilidade e funções do controle no modo 'easy'

Forza Motorsport 5 é um dos carros-chefe do lançamento do Xbox One no próximo dia 22.


Como em todo jogo de corrida por aí, Forza 5 conta com uma lista de assistências. Desde ajuda na frenagem, câmbio e tração até um traçado auxiliar na pista que podem ser ligadas ou desligadas ao bel prazer do jogador.


Desta vez, a Turn 10 apostou em outras conveniências: o menu, durante nossa demo, podia ser acessado logo antes de toda corrida, e, para os menos inteirados no motorsport, havia a opção de escolher “modos de dificuldade”, cada qual com assistências ligadas ou desligadas. O modo mais fácil, o Easy, simplifica a ação na hora das curvas: contanto que você relaxe o dedo do acelerador, o carro freia na medida certa para que você consiga entrar e sair delas de maneira confortável, e não importa o quanto você massacrar a direção, o carro não perde o controle.


Não é por si só novidade, e nem seria algo ruim se fosse qualquer outro simulador para qualquer outra plataforma. A questão é que, em nosso teste, o que mais chamou a atenção não foi o visual cristalino, as três camadas de tinta distintas em cada modelo digital dos carros do game, nem como os cenários são montados com as mesmas texturas dos modelos em alta definição dos veículos, mas sim justamente como o novo design do controle do Xbox One se comunica com você na hora da corrida.

Vamos explicar: além dos dois motores que realizam a vibração já tradicional em um aparelho desses, o controle do novo console inaugura outra dupla, cada um depositado logo abaixo dos gatilhos e agindo individualmente um do outro. Isso significa que, além do controle vibrar com a aceleração do carro sobre a pista – um truque já um pouco manjado dessa geração – os dois gatilhos, que controlam aceleração e freio, também têm seu próprio rumble, que aumenta em potência toda vez que você exagera na dose.

No modo mais fácil, isso é pura cosmética. Funciona bem, claro, e te passa uma sensação tátil muito satisfatória. Mas, com as assistências desligadas, o que antes era detalhe se transforma em elemento fundamental da jogabilidade. Em Forza 5 você não apenas ouve seu carro quando ele está sofrendo pra contornar uma curva, você o sente na exata medida, seja no gatilho da aceleração, seja no da frenagem, o que se torna um dado importantíssimo quando você tem que pensar em tudo o que você está fazendo.


Durante o teste pudemos correr com o hypercar McLaren P1, e deu pra perceber que ela é uma verdadeira máquina de vitórias. De aceleração ágil, o P1 também se estabiliza bem na hora das curvas. Com o rumble do Xbox One, saber exatamente como dosar a potência do carro em traçados mais exigentes não só foi uma das experiências mais satisfatórias com um simulador de corrida que já tivemos, foi também – justamente por causa da abordagem multissensorial do Xbox One – a pegada mais next-gen desta primeira leva de jogos para as novas plataformas.


Embora a mais contundente impressão do Forza Motorsport 5 possa estar de fato fora da tela do televisor, não tem como não admirar alguns truques visuais do novo game. Nosso teste final com o jogo se deu em diversas voltas do famoso traçado de Laguna Seca, cujas curvas desafiadoras são um bom teste de fogo para a física do game, mas cujo clima tradicionalmente quente foi um adversário inesperado. O sol bate contra a pista criando um belo efeito de reflexo em boa parte dela, e chega a cegar jogadores entre duas curvas essenciais, exigindo que jogadores consultem o mapa da pista em tempo real para não acabar no guard rail. De novo, detalhe pequeno para quem decidir jogar no Easy, mas um truque de mestre para os mais aventureiros.


Queria ou não, essa transição entre consoles vai ser definida, pelo menos por enquanto, mais pelos detalhes do que por grandes revoluções. E, neste sentido, Forza Motorsport 5 chega com jeito de pole position, integrando pequenas adições à fórmula tradicional que ajudam a romper a distância entre jogo e jogador. Basta ver se, apesar do uso aparentemente minguado do Kinect e da competição ferrenha que vai enfrentar, com Gran Turismo 6 em dezembro e o impressionante Project Cars ganhando fôlego, Forza 5 conseguirá consolidar uma boa dianteira.

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